No cadastro de funcionários da CERIM a ficha número UM pertence a ele, José Remo Barbosa Corsi, 50, o colaborador com mais tempo contínuo de casa, contratado em 16 de junho de 1987, Remo, como é chamado por todos que o conhecem, é a própria história viva da cooperativa, um consenso entre todos nós é a impossibilidade de contar nossa história sem falar sobre ele.
Pertencem a ele algumas das principais lembranças dos nossos 50 anos, e Remo nem precisa forçar a memória, basta perguntar e as recordações vão surgindo com facilidade, não há ninguém melhor que ele pra falar sobre os percalços e dificuldades enfrentadas pelos eletricistas do passado, tempos difíceis e de recursos escassos, “eram quatro ou cinco homens em média para levantar um transformador de 300 quilos, pra um poste então, precisava de uns oito”, diz Remo.
Nascido em Mairinque, Remo foi criado em uma realidade rural, filho de agricultores, deixou o sítio para dedicar-se ao serviço militar e só chegou à CERIM após a dispensa do quartel. Até ser promovido a encarregado em 1994, Remo passou por todas as etapas componentes da rotina de um eletricista, tornando-se uma das referências do grupo operacional da cooperativa.
As lembranças são muitas, ao ser perguntado sobre suas melhores recordações ao longo de todos esses anos, ele se emociona, faz uma pausa e responde, “a saudade maior é daqueles que se foram, são muitos anos, conheci muita gente aqui”. Sobre seus 32 anos de casa Remo diz, “a gente sempre pode aprender alguma coisa, no setor elétrico nunca se sabe tudo, o aprendizado é constante”.
Remo em meados da década de 90. Foto: Arquivo CERIM.